Autocompaixão

A Revolução Terapêutica do Século XXI

“Você fala com seus erros como falaria com um inimigo ou com uma criança assustada?”

Enquanto a cultura nos ensina a exigir mais de nós mesmos, a ciência comprova: autocompaixão não é fraqueza – é o alicerce da saúde mental. Neste artigo, você descobrirá por que esse conceito está transformando a terapia e como aplicá-lo no seu dia a dia.


O Que a Autocompaixão Não É

❌ Autopiedade (“Sou vítima”)
❌ Conformismo (“Não vou mudar”)
❌ Egoísmo (“Só eu importo”)

É:
✔️ Tratar sua dor com o mesmo cuidado que daria a um amigo
✔️ Reconhecer: “Sofrer é humano” (sem dramatizar nem negar)
✔️ Agir a partir da compreensão, não da autocobrança


3 Pilares Cientificamente Validados (Kristin Neff, PhD)

PilarExemplo PráticoEfeito Terapêutico
AutobondadeTrocar “Errei de novo!” por “Foi o melhor que pude naquele momento”Reduz ansiedade social
Humanidade Compartilhada“Outros também passam por isso” (vs. “Só eu falho assim”)Diminui vergonha patológica
Atenção PlenaObservar emoções sem fusão (“Estou triste” vs. “Eu sou triste”)Quebra identificação com o sofrimento

Por Que Doía Tanto Ser Gentil Consigo Mesmo?

Raízes psicanalíticas da autocrítica excessiva:

  • Internalização de figuras rígidas (pais/cuidadores exigentes)
  • Falsa crença de que a culpa motiva mudanças
  • Medo arcaico de que autoaceitação = estagnação

Dado chocante: Estudos mostram que 92% das pessoas se tratam com mais dureza do que tratariam um desconhecido.


Autocompaixão em Ação: 4 Técnicas Para o Dia a Dia

  1. Cartas da Autocompaixão
    Escreva para si mesmo como se fosse um amigo querido passando pelo seu problema
  2. Toque Calmante
    Mão no coração ou abraço em si mesmo enquanto diz: “Isso dói, mas eu estou aqui por você”
  3. Reenquadramento do Diálogo Interno
    Troque:
    “Não aguentei a pressão” → “Estou aprendendo a lidar com meu limite”
  4. Ritual do Perdão Corporal
    Ao sentir uma falha física (ex.: cansaço), dizer: “Obrigado por tanto trabalhar por mim”

O Divã da Autocompaixão

Na psicanálise contemporânea, trabalhamos para:
🔹 Mapear a origem histórica da sua voz crítica interna
🔹 Diferenciar culpa saudável (que corrige) de culpa tóxica (que paralisa)
🔹 Criar novos diálogos internos baseados em evidência emocional

Caso real: Um executivo que sofria de burnout aprendeu a substituir “Tenho que render!” por “Preciso descansar para contribuir” – seus níveis de cortisol normalizaram em 3 meses.


#VemConversarComigo

Se você:
🔹 Sente que nunca é bom o suficiente
🔹 Se sabota após cometer erros
🔹 Quer transformar sua relação consigo mesmo

Agende uma sessão. Vamos:

  • Desmontar os mitos que fazem você acreditar que a autocrítica é necessária
  • Reconectar você com sua bondade incondicional (que nunca desapareceu, só foi soterrada)
  • Criar um novo pacto interno onde cuidar de si não é privilégio – é dever

“Autocompaixão não é sobre se sentir especial. É sobre lembrar que você é humano – e que isso já é suficiente.”

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Psi Eduardo Felicio

Psicanalista desde 2006