Como Desconstruir a Prisão Invisível
Desde a infância, muitas mulheres são ensinadas a ser boas, dóceis e agradáveis — como se essas qualidades fossem sinônimos de valor pessoal. Mas o que acontece quando a “boa moça” vira uma máscara que sufoca desejos, opiniões e até a saúde mental?
Neste artigo, você vai descobrir:
✔️ De onde vem o arquétipo da “boa moça” e por que ele é tão difícil de abandonar
✔️ Os preços emocionais de sempre colocar os outros em primeiro lugar
✔️ Técnicas terapêuticas para se libertar sem culpa
Quem é a “Boa Moça”?
Ela é a mulher que:
- Diz “sim” quando quer dizer “não”
- Prioriza conforto alheio acima do próprio
- Teme ser chamada de “egoísta” ou “mandona”
- Acha que amor é sinônimo de sacrifício
Essa figura não nasceu por acaso: é um produto histórico de sociedades que recompensavam mulheres por serem silenciosas, obedientes e pouco exigentes.
Os 4 Preços de Ser a “Boa Moça”
1. Autoanulação Crônica
- “Se eu não agradar, serei abandonada.”
2. Raiva Represada
- A frustração que não pode ser expressa vira ansiedade, depressão ou doenças psicossomáticas.
3. Relacionamentos Desiguais
- Pessoas exploradoras são atraídas por quem sempre cede.
4. Perda da Própria Voz
- Com o tempo, você para de saber o que realmente sente e quer.
Por Que é Tão Difícil Parar de Ser “Boa”?
1. Medo de Rejeição
- Se sua autoestima foi construída em ser útil, dizer “não” parece arriscar seu valor.
2. Culpa Inconsciente
- Muitas internalizam que priorizar a si mesmas é errado.
3. Falta de Modelos Alternativos
- Se todas as mulheres que você admira se anulam, como aprender outra forma de existir?
Como Se Libertar? 3 Passos Terapêuticos
1. Identifique Seus “Deveres” Invisíveis
- Pergunte-se:
“Se ninguém me julgasse, como agiria nesta situação?”
2. Comece Pequeno
- Pratique micro-resistências:
- Não justificar suas escolhas (“Não, obrigada” em vez de “Não posso porque…”).
- Expressar uma preferência trivial (“Prefiro outro restaurante”).
3. Reaprenda a Linguagem do Corpo
- A “boa moça” muitas vezes sorri quando está triste, acena quando quer fugir.
- Experimente ficar em silêncio quando não concorda, ou não sorrir se não sentir vontade.
O Que a Psicanálise Pode Revelar?
Em terapia, exploramos:
🔹 De quem você está tentando ganhar amor sendo “boazinha”? (mãe? pai? sociedade?)
🔹 Quais medos estão por trás da sua dificuldade em impor limites?
🔹 Como seria se você trocasse “ser amada” por “ser você mesma”?
# Vem Conversar Comigo!
Se você:
🔹 Sente que vive para os outros e não para si
🔹 Tem pânico de desapontar pessoas
🔹 Quer se libertar, mas não sabe por onde começar
Agende uma sessão. Juntos, podemos:
- Mapear as origens do seu “arquétipo da boa moça”
- Treinar assertividade sem culpa
- Resgatar desejos que você nem sabia que tinha
Você não nasceu para ser um personagem agradável. Nasceu para ser uma pessoa inteira.
💡 Ser “boa” o tempo todo não te faz mais amada — só te faz mais invisível. Sua voz merece ser ouvida, mesmo quando ela tremer.